domingo, 25 de abril de 2010

Soneto 11 de Camões

O soneto 11 de Luiz Vaz de Camões, definitivamente magnífico em todas suas obras, mostra-nos como é complexo o Amor em nossas vidas. Dedico ao professor Rafael de literatura do Colégio Objetivo.

Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;

É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?

Por: Luiz Vaz de Camões

Um comentário:

  1. O professor Rafael sente-se honrado com a lembrança de Diogo. O mesmo professor lembra quão distante está de CAMÕES:
    "Se te imito nos transes da Ventura,
    Não te imito nos dons da Natureza."
    escreveu Bocage sobre o gênio.

    Valeu, Diogo. Abração.

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